Durante a missão alemã na World Hydrogen Expo, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio), as empresas Prumo e Fuella AS estabeleceram conexões importantes. Posteriormente, na última segunda-feira (12/08), durante o Prumo Day realizado em São Paulo, foi anunciado o primeiro contrato de reserva de área para o hub de hidrogênio no Porto do Açu, além da assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) para a construção de uma planta de amônia verde de 520 MW no Complexo Portuário.
A Prumo, grupo econômico responsável pelo desenvolvimento estratégico do Porto do Açu, o Porto do Açu, uma subsidiária da Prumo, e a empresa norueguesa Fuella AS (“Fuella”), desenvolvedora e operadora de plantas de hidrogênio e amônia verde, assinaram o primeiro contrato de reserva de área para o recém-licenciado hub de hidrogênio de baixo carbono e seus derivados no complexo portuário localizado no norte do estado do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito na segunda-feira (12/08) pelo CEO do Grupo Prumo, Rogério Zampronha, durante o Prumo Day, realizado em São Paulo.
O hub cobre um total de um milhão de metros quadrados; através do acordo, a Fuella garante uma área significativa dentro do hub. Este é o primeiro acordo que a Fuella garante no Brasil. A Fuella AS é apoiada pela Allianz Capital Partners, em nome das companhias de seguros da Allianz, uma das principais seguradoras, gestoras de ativos e investidoras do mundo, com sede na Alemanha, como principal investidor.
As empresas também assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) que estabelece a cooperação para o desenvolvimento do projeto, incluindo suas fases e cronogramas, com o objetivo de implementar uma planta de amônia verde de até 520 MW, baseada na eletrólise da água. Esta unidade terá potencial para produzir 400.000 toneladas de amônia verde por ano, que poderão ser exportadas ou utilizadas no mercado interno através do terminal de líquidos do porto.
O contrato e o MoU foram firmados com o apoio do Porto de Antuérpia-Bruges Internacional, uma subsidiária do segundo maior porto da Europa, o Porto de Antuérpia-Bruges, que é um parceiro estratégico do Porto do Açu. A expectativa é que o Açu se torne um novo corredor de exportação de amônia verde do Brasil para a Europa.
"O desenvolvimento desta planta contribuirá para os esforços globais na redução de emissões de carbono e na promoção de energia sustentável. Temos um ecossistema preparado e vantagens competitivas para a produção de hidrogênio e amônia verdes, tanto para exportação quanto para o abastecimento do mercado interno brasileiro", enfatiza Mauro Andrade, Diretor Executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo.
O cronograma para o projeto da planta de amônia verde da Fuella prevê uma decisão final de investimento nos próximos 4 anos, e a entrega das primeiras moléculas até 2030.
"Este é um acordo marco para nós, na expansão do nosso portfólio de projetos internacionalmente, para regiões altamente competitivas e atraentes. Acreditamos que o Porto do Açu é um local e parceiro fantástico para nós. Os fatores decisivos para nós foram não apenas o local e a infraestrutura existente, mas também a dedicação, competência e apoio da equipe", comenta Dr. Thorsten Helms, Diretor Administrativo de Desenvolvimento de Negócios e Corporativo da Fuella.
O Açu é o maior complexo portuário-industrial privado da América Latina, com disponibilidade de água de múltiplas fontes — um fator chave para projetos de hidrogênio — e infraestrutura de exportação. O empreendimento também está conectado ao Sistema Interligado Nacional ("SIN") e pode desenvolver projetos 100% renováveis on-grid e off-grid, oferecendo energia certificada para atender aos requisitos da União Europeia.
O hub de hidrogênio de baixo carbono e seus derivados no Porto do Açu recebeu uma Licença Prévia inédita do Governo do Rio de Janeiro em janeiro deste ano. O objetivo é desenvolver uma plataforma integrada para a produção de hidrogênio renovável e de baixo carbono, conectada a unidades de produção de amônia e metanol. O hidrogênio produzido no hub pode ser exportado ou utilizado como insumo para futuros clusters industriais de produtos de baixo carbono a serem estabelecidos no Açu.