O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi palco, nesta quarta, 26, do evento “Bridging Business and Academia: Pathways for Trade and Sustainable Development” (Estabelecendo pontes entre Empresas e Academia – Caminhos para o Comércio e Desenvolvimento Sustentável”). Co-realizada pelos grupos de engajamento B20 Brasil (Business20) e T20 Brasil (Think20) do G20 Brasil 2024, em parceria com o BNDES, a iniciativa promoveu diversas perspectivas e identificar ações concretas para fortalecer a interseção entre comércio e desenvolvimento sustentável, apoiando as discussões do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20 (TIWG). O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, destacou, na abertura, a relevância do encontro: “É uma grande honra para o BNDES ter sido o escolhido para receber este evento. Primeiramente, gostaria de destacar a importância da agenda de desenvolvimento sustentável.” Ele destacou que, em 2023, a emissão do carbono continuou subindo, mesmo com a modernização acompanhada pelo crescimento global. Entretando, segundo ele, o Brasil tem sido reconhecido como um exemplo a ser seguido. “O Brasil tem uma potente fonte de energia renovável e está muito bem-posicionado para liderar esse cenário, para desenvolver grandes projetos. E também contamos com uma indústria muito forte”, afimou Gordon. O diretor do BNDES também destacou a relevância do apoio às exportações para o desenvolvimento do país: “É de conhecimento de todos que muitos países se dedicam a este fim. A gestão do BNDES está compromissada de estreitar a política de exportação”. Além de Gordon, participaram da abertura do evento, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, Constanza Negri (B20 Brasil Sherpa), Julia Leite (CEO do CEBRI e Coordenadora doT20 Brasil), Lucas Padilha (Presidente do Comitê G20 da Prefeitura do Rio), Felipe Peixoto (Secretário de Energia e Economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro ), Tatiana Prazeres (Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e o Embaixador Fernando Pimentel (Diretor do Departamento de Política Comercial do Ministério de Negócios Estrangeiros). Comércio, sustentabilidade e cases de sucesso - Após a abertura, o evento foi dividido em dois painéis. No primeiro, o tema foi “Oportunidades e desafios para integrar comércio e sustentabilidade”, mediado por Marina Egydio - Co-Presidente da T20 e Presidente do Conselho de Administração - Women Inside Trade, e que contou com a participação de Sandra Rios – Diretora do CINDES e Senior Fellow do CEBRI, José Serrador – VP da Embraer e Vice-Presidente da B20 Trade and Investment Task Force e Leonardo Lahud – Especialista Líder de Comércio e Investimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já com o tema "Comércio Sustentável na Prática: cases de sucesso”, o segundo painel foi mediado por Miguel Castro – Líder do Conselho de Ação das Forças-Tarefas B20, e contou com as explanações de Lisa Schroeter, Diretora Global de Comércio e Política de Investimentos da Dow Chemical, André Luiz Schelini, Diretor do Centro de Sustentabilidade do SEBRAE/MT, e Allan Jorgensen, Chefe de Conduta Empresarial Responsável da OCDE O evento aconteceu em paralelo ao TIWG, que contou com representantes dos governos federal, estadual, prefeitura do Rio, do setor empresarial, da academia e do terceiro setor, discutindo as múltiplas perspectivas sobre comércio e desenvolvimento sustentável para os Delegados do G20, a fim de ampliar a conscientização e adoção de estratégias e melhores práticas. Fonte: Agência BNDES de Notícias
No cenário global de busca por alternativas energéticas mais limpas e sustentáveis, o Hidrogênio Verde emerge como uma solução promissora. Diferentemente do carvão e do petróleo, que deixam resíduos de carbono no ar, essa forma de energia limpa emite apenas vapor d’água. Descoberto em 1766, o hidrogênio já foi utilizado como combustível para carros, dirigíveis e naves espaciais. O termo “verde” é atribuído ao hidrogênio produzido a partir da eletrólise da água utilizando energias renováveis ou de baixa emissão de gases. Estudiosos do setor afirmam que o Brasil revela potencial técnico considerável para gerar aproximadamente 1,8 bilhão de toneladas de hidrogênio por ano. Os números foram divulgados pelas Comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Meio Ambiente (CMA) do Senado. Além disso, a produção de hidrogênio verde pode criar até dois milhões de empregos anualmente em todo o mundo, de 2030 a 2050, representando uma oportunidade significativa para países em desenvolvimento. Encarar os desafios de como, quando e o que fazer para alcançar essa produção, elevar a competitividade nacional e contribuir para a transição energética, bem como para a redução das emissões de gases de efeito estufa, tornam-se prioridades para o setor. Neste contexto, a segunda edição da Hydrogen Expo South America, realizada nos dias 5 e 6 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, reuniu entidades do setor com o objetivo de elaborar em conjunto soluções para fortalecer o mercado de H2V no Brasil. Este ano, o evento registrou aumento de 30% tanto de expositores, quanto de público com relação ao ano passado e atraiu a participação de mais de 3.000 profissionais do setor. Entre as palestras mais esperadas, destacou-se a da multinacional alemã GEMÜ do Brasil. O especialista Everton Meirelles de Freitas dos Santos, responsável pelo setor de vendas Externas para o Estado do Rio de Janeiro, falou sobre ‘Válvulas do Futuro – uma palestra sobre Hidrogênio Verde’. Ele destacou que “O hidrogênio é um mercado que vem crescendo ao longo dos anos, e a GEMÜ está otimista com essa transição energética, pois a utilização do Hidrogênio surge como uma solução para descarbonização da indústria”. Diante do crescente interesse e demanda por energia limpa, o Hidrogênio Verde emerge como uma alternativa promissora, contribuindo não apenas para a redução das emissões de carbono, mas também para a construção de um futuro mais sustentável e resiliente. Com sua expertise e compromisso com a qualidade, a GEMÜ firma-se como uma parceira confiável nessa jornada rumo à transição energética. Sobre a GEMÜ do Brasil – Com fábrica em São José dos Pinhais (PR) desde 1981, a GEMÜ do Brasil produz válvulas e outros equipamentos de alta tecnologia para diversos setores. Na divisão Industrial, fornece produtos para os setores de siderurgia, mineração, fertilizantes, bem como para integrar sistemas de geração de energia, entre outros. Na divisão PFB (Farmacêutica, Alimentícia e de Biotecnologia), é líder mundial em soluções para sistemas estéreis, que incluem a fabricação de vacinas, remédios e novas aplicações de envase de alimentos e bebidas. Sobre o Grupo GEMÜ – O Grupo GEMÜ é um dos líderes mundiais na fabricação de válvulas, sistemas de medição e controle. Desde sua fundação em 1964, a empresa alemã com foco global se estabeleceu em importantes setores industriais, graças a seus produtos inovadores e soluções personalizadas para controle de processos. A GEMÜ é líder mundial no mercado de aplicações de válvulas estéreis nas indústrias farmacêutica e de biotecnologia. O Grupo GEMÜ emprega mais de 2 mil pessoas em todo o mundo, com plantas na Alemanha, Suíça, China, Brasil, França e EUA. A rede de distribuidores está presente em mais de 50 países nos cinco continentes. Veja mais no site. Fonte: Folha de Curitiba
Parceria entre Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Shell Brasil vai estudar o futuro da exploração de óleo e gás offshore em um novo Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC, na sigla em inglês) lançado nesta quinta (12/6). Com investimento total de R$ 163 milhões ao longo de cinco anos – em recursos financeiros e não financeiros – o OTIC pretende contribuir com pesquisas para exploração sustentável e eficiente de recursos do oceano, no contexto de transição energética e transformação digital. Mais de 250 pesquisadores estão envolvidos nesta primeira fase do centro, que começa com um portfólio de 24 projetos de P&D financiados pela Shell e pela Fapesp. A petroleira investirá cerca de R$ 49 milhões por meio da cláusula em PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “[A transição energética] é um movimento imperativo para o mundo, e a jornada para a transformação da indústria offshore deve ser feita com planejamento, de forma segura, acessível e sustentável, de modo a diversificar e expandir as fontes de energia disponíveis”, comenta Olivier Wambersie, gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil. Segundo o executivo, o investimento no centro dá início a um portfólio de projetos de pesquisa voltados para a descarbonização da indústria e a otimização das operações que vão contribuir para o futuro da indústria offshore. Áreas de pesquisa O OTIC é formado por cinco programas técnicos que se conectam de alguma forma: Novos Processos e Operações, Energia de Baixo Carbono, Novos Materiais e Nanotecnologia, Segurança das Pessoas, do Meio Ambiente e Economia Circular, e Transformação Digital. Segundo a Shell, cada uma destas áreas tem potencial para gerar tanto soluções práticas e de curto prazo, quanto disruptivas para uma transformação da indústria mais de longo prazo. Zehbour Panossian, pesquisadora do Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, explica que o programa de Novos Materiais & Nanotecnologia, por exemplo, é transversal e está diretamente ligado a todos os outros, na medida em que os projetos do OTIC passam por uma reavaliação dos materiais utilizados pela indústria. “[Eles] devem ser selecionados levando em consideração o desempenho, a durabilidade, a reciclabilidade e a sustentabilidade”, explica a pesquisadora. Panossian conta que as unidades de Materiais Avançados e de Bionanomanufatura do IPT têm experiência neste sentido e já desenvolveram diversos projetos conjuntos — patenteados, testados e aprovados — para o setor de O&G. Indústria em transformação Para o professor da USP e vice-diretor científico do projeto, Gustavo Assi, a transição energética e a digitalização serão responsáveis por encaminhar a indústria offshore a um “intenso processo de transformação”. “Gerar mais energia com menos emissões de gases de efeito estufa nos impõe desafios tecnológicos, mas também nos dá a oportunidade de desenvolver novas formas de geração de energia limpa, e realmente construir o offshore do amanhã”, afirma. O OTIC pretende participar dessa jornada, explica o professor, aproximando indústria, governo e academia para gerar conhecimento científico e tecnológico. Fonte: EPBR
Transição energética com energias renováveis: energia eólica e solar geram benefícios econômicos, reduzem emissões de CO2 e poluentes no ar. Dados impressionantes da nova era energética As energias renováveis geram bilhões de dólares, apesar da crença popular de que não são rentáveis. Basta olhar os benefícios econômicos em termos de qualidade do ar. O caso dos Estados Unidos Um relatório publicado na Cell Reports Sustainability detalha o caso de sucesso dos Estados Unidos, onde Califórnia e Texas lideram a transição energética. Durante o período de 2019-2022, a geração de eletricidade a partir de fontes eólicas e solares proporcionou aos americanos benefícios econômicos em termos de melhoria climática e qualidade do ar, com um valor estimado de 249 bilhões de dólares. Benefícios que superam os custos de geração, subsídios e o mercado elétrico. Impacto nas emissões A energia eólica e solar cresceu 55% nos Estados Unidos durante esse período, cobrindo, em 2022, 14% da demanda de eletricidade. Parece pouco em comparação com os 27% da União Europeia e está abaixo do país que mais rapidamente expandiu sua capacidade renovável: China, com 19% do mix energético. Ainda assim, o investimento em renováveis nos Estados Unidos foi extremamente eficaz na redução de combustíveis fósseis. As emissões de dióxido de carbono diminuíram em 900 milhões de toneladas métricas, segundo o relatório. Isso equivale a retirar de circulação 71 milhões de carros. E as substâncias tóxicas no ar O relatório também analisa os benefícios em termos de qualidade do ar que os americanos respiram. Nesse período de três anos, as renováveis reduziram as emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) em um milhão de toneladas métricas. A eliminação dessas substâncias tóxicas do ar também produz benefícios econômicos milionários, segundo os pesquisadores, que utilizaram modelos de qualidade do ar para rastrear a população exposta a essa poluição associada às centrais elétricas. Como os benefícios são calculados O relatório quantifica os benefícios de acordo com o valor em dólares estabelecido pela Agência de Proteção Ambiental para o risco de morte prematura de toda a população. Uma menor probabilidade de sofrer asma e outros problemas respiratórios são alguns dos benefícios para a saúde pública que impactam positivamente na economia e são atribuíveis às renováveis. Os pesquisadores acreditam que atribuir um valor a esses benefícios, 249 bilhões de dólares em três anos, pode ajudar a sociedade a reconhecer que a energia eólica e solar estão funcionando. Fonte: Click Petróleo e Gás
O Rio de Janeiro está se firmando como um centro de investimentos no setor de energia, com 14 projetos de eólicas offshore e hidrogênio em análise, somando uma capacidade instalada de 24 GW e um investimento previsto de US$ 70 bilhões. Esses empreendimentos, espalhados entre Campos, São João da Barra, Rio das Ostras e, principalmente, Macaé, prometem injetar dinamismo na economia do estado, gerando milhares de empregos durante sua implementação. O município de Macaé desponta como um dos principais destinos desses investimentos, com quatro projetos em vista e um investimento estimado em US$ 19 bilhões. A cidade, conhecida por sua relevância na indústria de óleo e gás, agora se consolida como um polo da transição energética nacional, fomentando não apenas a exploração de gás natural, mas também a geração de energia por fontes renováveis. Durante o Macaé Energy 2024, evento que reuniu os principais agentes da indústria, instituições e autoridades públicas, o estudo "Transição e Integração Energética no Rio", elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), foi apresentado, ressaltando a importância desses investimentos para o estado. O evento destacou a necessidade de tecnologias inovadoras para viabilizar tais projetos e acelerar sua implementação, evidenciando o compromisso de Macaé com um futuro energético sustentável. O prefeito Welberth Rezende enfatizou a colaboração entre o governo, as empresas de energia e as instituições empresariais, enfatizando o papel de Macaé como catalisador do desenvolvimento econômico estadual e nacional. Ele ressaltou a importância de manter uma proximidade constante com o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras, visando agilizar os processos de licenciamento e revisar as exigências para a contratação de profissionais, garantindo assim o crescimento contínuo da indústria local. Macaé, com sua sinergia entre indústria, comércio, turismo e serviços, está na vanguarda dessa nova era energética, oferecendo não apenas oportunidades de investimento e emprego, mas também uma qualidade de vida melhorada para seus habitantes. A cidade se torna um exemplo inspirador de como as energias renováveis podem impulsionar não apenas a economia local, mas também a sustentabilidade ambiental e social de toda uma região. Fonte: O Dia
O mercado de energia solar brasileiro recebeu uma notícia significativa na última segunda-feira (27) com a publicação da Resolução Gecex nº 597/2024 no DOU (Diário Oficial da União). A nova resolução inclui dois novos ex-tarifários para inversores, o que pode impactar positivamente o setor fotovoltaico nacional. A resolução entra em vigor a partir de 03/07/2024. Os novos ex-tarifários são de inversores string, no NCM 8504.40.90: 902 – Inversores para sistemas fotovoltaicos “string”, para rede trifásica, com potência nominal de saída de 333kW a 40 graus celsius, com potência máxima de saída de 333kVA a 40 graus celsius, e tensão nominal de saída de 800Vca. 903 – Inversores para sistemas fotovoltaicos “string”, para rede trifásica, com potência nominal de saída de 350kW a 40 graus celsius, com potência máxima de saída de 350kVA a 40 graus celsius, e tensão nominal de saída de 800Vca. Na avaliação de Wladimir Janousek, Diretor Executivo na JCS Consultoria e Serviços, a inclusão desses ex-tarifários confirma que as regras para isenção do imposto de importação no regime de Ex-Tarifários se mantém ativas, e que é possível solicitar novos pedidos com base nas disposições da Resolução Gecex 512/2023. “Apesar da mudança nos requisitos e procedimentos, o regime de Ex-Tarifários BIT/BK continua sendo um importante mecanismo de estímulo a investimentos para importação de bens de capital, partes e peças e demais equipamentos. As aprovações de novos EXs tem ocorrido desde que não exista produção nacional equivalente do bem que se deseja importar, possibilitando acesso do mercado a novos produtos e tecnologias que se enquadrem nos critérios de concessão” O Executivo esclareceu ainda que, as recentes revogações de Ex-Tarifários publicadas nesse ano foram amparadas pela existência de produção nacional equivalente, por obsolescência técnica dos parâmetros descritivos ou por baixa utilização do EX nos últimos meses. Nesse mês não tivemos novas revogações, pois na última reunião do Comitê-Executivo de Gestão – GECEX ocorrida em 23/05/2024, não foram incluídos na pauta as propostas de revogação de Ex-Tarifários, o tema deve ser deliberado na próxima reunião, agendada para 12/06/2024. Impacto no setor fotovoltaico A atualização na lista de ex-tarifários, que agora incorpora os códigos 8504.40.90.902 e 8504.40.90.903, representa uma redução nos custos de importação desses equipamentos. Essa medida pode estimular o crescimento de projetos solares, tornando-os mais acessíveis e viáveis economicamente. Fonte: Canal Solar