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Investimentos estratégicos impulsionam a infraestrutura e a descarbonização

02/12/2024

Cosan investe em projetos como transporte ferroviário, biocombustíveis e gás natural, fortalecendo a segurança energética e facilitando o escoamento da produção do agronegócio do país

Cosan, por meio de portfólio, é uma das companhias que mais contribuem para o desenvolvimento do país, com investimentos em áreas estratégicas como infraestrutura, transporte ferroviário, segurança da matriz e transição energética. As empresas que compõem seu portfólio vêm realizando vários projetos nesse sentido. No setor ferroviário, por exemplo, a Rumo realiza um investimento bilionário na construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso, destinada ao escoamento da produção agrícola do estado.

No segmento de gás natural, a Compass investiu aproximadamente R$ 1 bilhão no Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), que começou a operar em 2024, em Santos. Em energia renovável, a Raízen investiu o mesmo valor para erguer a maior planta de produção de etanol de segunda geração (E2G) do mundo, o Parque de Bioenergia Bonfim, inaugurado este ano em Guariba (SP).

Outras empresas da Cosan seguem o mesmo caminho, apostando em tecnologia, inovação, conhecimento e infraestrutura que ajudam a destravar gargalos que há décadas dificultam o crescimento do Brasil.

Ao melhorar a logística e ampliar a oferta de energia de fontes mais seguras e renováveis, esses investimentos ajudam o país a ganhar mais relevância no mundo e a se proteger das oscilações no mercado internacional. Além disso, promovem uma matriz energética mais limpa e eficiente, alinhada às demandas globais por sustentabilidade — o que fortalece a imagem do Brasil como referência em soluções com baixa pegada de carbono.

 

Vantagens competitivas

Empresas que assumem os riscos de investir em áreas estratégicas desempenham um papel essencial para o progresso do país. Segundo Rodrigo Araujo, CFO da Cosan, esse movimento foi impulsionado nos últimos anos pela maior abertura do Brasil ao investimento privado, com novos modelos de concessão e a ampliação do arcabouço regulatório. “Quando olhamos para o ambiente de infraestrutura, temos vários atores diferentes. Isso é fundamental para a competitividade do país, que tem vantagens mundiais claras no agronegócio e na indústria extrativista”, explica Araujo. “Quanto mais investidores, mais investimentos. Se você deixa qualquer coisa na mão de um único ator, nunca caminhará para ter o máximo possível.”

A economista Joisa Dutra, professora na Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro, ressalta a importância dos projetos voltados à transição energética, em especial no setor de transportes e na indústria. Especialista no assunto, ela acredita que o Brasil “está caminhando para uma arquitetura descentralizada, na qual o papel dos investidores é maior”. A descarbonização, observa, é um processo de riscos e oportunidades. “Aproveitar o potencial energético do país significa identificar as oportunidades e criar soluções que integrem energia, clima e a dimensão ambiental e econômica”, afirma.

Trens com baterias

A ferrovia que a Rumo está construindo em Mato Grosso visa criar um corredor logístico estratégico, conectando cidades como Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá ao Porto de Santos. Atualmente, as obras avançam pelos primeiros 160 quilômetros, entre Rondonópolis e Primavera do Leste.

Em linha com metas de redução na emissão de CO2, a empresa iniciou testes com locomotivas híbridas, desenvolvidas em parceria com a Progress Rail. Equipados com sistema diesel-elétrico e banco de baterias que armazena a energia gerada durante o freio dinâmico, esses trens mais eficientes têm o potencial de reduzir em até 30% o consumo de combustível em comparação com os modelos convencionais.

A ampliação da oferta do gás natural liquefeito (GNL), promovida pela Compass, é outro investimento de grande importância, pois aumenta a segurança energética e contribui para a descarbonização do país. O GNL é considerado o combustível fóssil de menor impacto ambiental.

No início deste ano, a empresa deu início às operações da Edge, uma nova companhia focada em infraestrutura e comercialização, que já opera com um portfólio robusto, incluindo o Terminal de Regaseificação de São Paulo, que utiliza um navio especializado para armazenamento e regaseificação do GNL.

Essa iniciativa permite à Edge expandir a oferta de gás natural e fomentar o mercado livre no país. Nos próximos anos, ela planeja investir em infraestrutura para comercializar GNL fora das redes de gasodutos a clientes que buscam substituir combustíveis como carvão, diesel e óleo combustível por alternativas mais sustentáveis.

Biocombustível e empregos

O investimento da Raízen no Parque de Bioenergia Bonfim, sua segunda planta de etanol de segunda geração (E2G), é outro marco importante, expandindo a produção de biocombustíveis renováveis da companhia. Produzido a partir de resíduos vegetais, o E2G permite atender setores em que a descarbonização é um desafio, como o transporte aéreo e marítimo. A nova planta já tem 80% de sua capacidade anual contratada, o que demonstra a demanda crescente por fontes de energia de baixo carbono.

Além de melhorar a logística, acelerar a transição energética e pavimentar o caminho para o crescimento do Brasil, os investimentos da Cosan produzem benefícios diretos para aqueles que trabalham nesses projetos e suas famílias. “A infraestrutura como um todo também é emprego”, ressalta o CFO da companhia. “São ações que envolvem milhares de pessoas trabalhando por anos e demandam mão de obra que tem de ser treinada e qualificada. Isso transforma a vida dessas pessoas, não apenas o país", conclui Araujo.

Fonte: O Globo