Por meio da atuação com a Secretaria do Trabalho e startups, as AHK Rio e Fábrica de Startups buscam soluções que mapeiem os problemas enfrentados pela juventude na cidade e, ao mesmo tempo, preencham vagas em aberto no mercado de trabalho.
No Rio de Janeiro, apenas 50 mil das 90 mil vagas para o Programa Jovem Aprendiz estão preenchidas. Para tentar resolver esse problema, a empresa de inovação Fábrica de Startups e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha decidiram recorrer à criatividade das startups.
Cinco empresas foram selecionadas para participar do programa de aceleração I², com o objetivo de aumentar a eficiência do programa nacional de inserção de jovens no mercado de trabalho. Adolescentes de 14 a 24 anos de idade que estejam frequentando a escola podem se tornar aprendizes em empresas.
Entre setembro e novembro, as startups Aporé, EduJob, Intelecta Games, Se Oriente e Taqe desenvolverão suas soluções e farão provas de conceito com pequenas e médias empresas no Rio de Janeiro. A Fábrica de Startups e a Câmara Brasil-Alemanha farão a intermediação com o mercado. A aceleradora entrará com metodologia e mentores, enquanto a entidade de comércio e indústria dará subsídio financeiro para as participantes. A Secretaria do Trabalho também está apoiando o projeto.
"Para conseguir uma validação mais rápida, essas startups precisam se conectar com o mercado carioca. Mas a intenção é resolver o problema nacional de preenchimento de vagas no Programa Jovem Aprendiz. Por isso, suas novas soluções podem escalar para todos os estados brasileiros", afirmou Hector Gusmão, CEO da Fábrica de Startups, em conversa com PEGN.
Esta é a segunda edição da aceleração com foco no Programa Jovem Aprendiz. A Fábrica de Startups e a Câmara Brasil-Alemanha perceberam no ano passado como empresas pagavam multas por não cumprir a cota de aprendizes, e ao mesmo tempo muitos adolescentes procuravam empregos. A Lei de Aprendizagem, de 2000, exige que as empresas tenham de 5% a 15% de seus funcionários formados por aprendizes. Alguns obstáculo são treinar esse jovem em comportamento, idiomas e computação básica; eles também se sentem excluídos nas conversas corporativas, geralmente marcadas por hierarquia. Na primeira edição, tanto startups já existentes foram selecionadas quanto projetos foram ideados do zero para atender empresas como a gigante de beleza L'Oréal.